Anoura geoffroyi

Sobre a espécie:
Anoura geoffroyi é um morcego de porte médio, com cabeça e corpo medindo entre 53 e 73 mm, antebraço entre 39 e 47 mm, e peso de 13 a 18 g. Seu focinho é relativamente longo e a pelagem marrom-acinzentada, mais escura no dorso, podendo ser enegrecida. Os pelos dorsais são bicolores com base clara. A cauda está sempre ausente e o uropatágio, a membrana entre as pernas, é bastante reduzido e recoberto por densa pelagem.
Classificação e Distribuição:
Essa espécie pertence à família Phyllostomidae, podendo ser encontrada em Tamaulipas e Sinaloa (México) ao Peru, Bolívia, Brasil, Guianas, Equador, Trinidad e Grenada (Antilhas). No Brasil, está presente em muitos estados, desde o Acre até o Rio Grande do Sul, passando por Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Habitat e Comportamento:
Este morcego pode ser encontrado em florestas densas e abertas, plantações de bananas, pastagens e áreas urbanas. Ele se abriga em cavernas, fendas de rochas, ocos de árvores e até em construções humanas. A. geoffroyi forma colônias de até mil morcegos, o que ajuda a proteger a espécie de predadores. Estudos mostram um padrão de reprodução anual, com as fêmeas ficando grávidas principalmente entre setembro e outubro, e os filhotes nascendo em novembro e dezembro.
Alimentação e Conservação:
A dieta de A. geoffroyi é composta principalmente por néctar, e, em menor proporção, por pólen e insetos. Isso faz desse morcego um importante polinizador, ajudando muitas plantas a se reproduzirem. A espécie é classificada como "Menos Preocupante" pela Lista Vermelha da IUCN, o que significa que não está em risco imediato de extinção.
Em resumo, Anoura geoffroyi é um exemplo de como a biodiversidade da América Latina é espetacular. Sua presença em diversos ecossistemas e sua função como polinizador, além do controle de insetos, destacam a importância de conservar essa espécie para o bem da natureza e das comunidades humanas que dela dependem.
Texto escrito e revisado por Karen S. Toledo, bióloga, pesquisadora sobre morcegos, com mestrado em Biologia Animal (UFRRJ), especialização em Divulgação Científica (Fiocruz) e doutoranda em Divulgação, Popularização e Jornalismo Científico (PPGEBS, Fiocruz).
Fotografia: Roberto L. Novaes
Informações detalhadas em: https://doi.org/10.37002/salve.ficha.20402
Ameaça da espécie:

Pouco preocupante
Dieta da espécie:

Nectarívoro