Artibeus gnomus

Sobre a espécie:
Artibeus gnomus é um morcego de pelagem dorsal castanho-clara, ventre mais claro e destaca-se por pela coloração amarela nas orelhas e na base da folha nasal, nome dado à estrutura encontrada na extremidade de focinhos de morcegos da família Phyllostomidae. Suas listras faciais, características do gênero a qual pertence, são visíveis, mas pouco evidentes em comparação a outras espécies. Cientistas utilizam a medida do antebraço como padrão para determinar o tamanho dos morcegos e, para essa espécie, o antebraço varia entre 34 e 38mm, o colocando como a menor espécie do gênero Artibeus.
Distribuição:
A. gnomus é encontrado em vários países da América do Sul, incluindo Venezuela, Guiana, Guiana Francesa, Equador, Peru, Colômbia, Bolívia e Brasil. No Brasil, ele foi identificado em estados como Amazonas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Maranhão, Piauí e São Paulo. Sua presença é registrada principalmente na Amazônia, com poucos registros nas regiões do Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica.
Habitat e Comportamento:
Embora o conhecimento sobre a ecologia de A. gnomus ainda seja limitado, sabe-se que prefere ambientes florestais, sendo encontrado em florestas primárias, mas também habita ambientes perturbados, plantações, jardins e outros tipos de vegetação. Costuma se abrigar sob folhas grandes e pode até utilizar tendas feitas de folhas de palmeiras. Mesmo sendo objeto de estudos, muitos aspectos de sua biologia infelizmente permanecem pouco explorados.
Alimentação e Conservação:
A dieta de A. gnomus é variada, incluindo tanto frutos de dossel – ou seja, da parte mais alta das árvores – quanto insetos, o que o posiciona como um frugívoro e insetívoro. Dessa forma, sabe-se que essa espécie desempenha um papel crucial na dispersão de sementes e no controle de insetos, colaborando assim para a manutenção dos ecossistemas florestais. Os estudos existentes indicam que, apesar de sua aparente raridade e possível sub-amostragem, a perda de habitat em algumas áreas de sua distribuição é uma preocupação, no entanto, a espécie não se encontra em risco iminente de extinção.
Texto escrito e revisado por Karen S. Toledo, bióloga, pesquisadora sobre morcegos, com mestrado em Biologia Animal (UFRRJ), especialização em Divulgação Científica (Fiocruz) e doutoranda em Divulgação, Popularização e Jornalismo Científico (PPGEBS, Fiocruz).
Fotografia: Roberto L. Novaes
Informações detalhadas sobre a espécie em: https://doi.org/10.37002/salve.ficha.21152
Ameaça da espécie:

Pouco preocupante
Dieta da espécie:

Frugívoro